segunda-feira, 18 de maio de 2015

Coelhos e Canteiros - Esse final não pode ser feliz

Uma família que se isola desse injusto e conflituoso mundo pode ser feliz sozinha e a todo custo?
Mark e Gê se adoram, mas não encontram - e talvez nunca venham a encontrar - a receita dessa tal felicidade.
A filha, Anabela, será uma jovem culta e educada, mas conseguirá se tornar uma pessoa de caráter bom e fraternal?
Quisera eu, como autora e otimista incorrigível que sou, colocar como ponto final desse conto um simples "happy end".
Mas não dá!
Necessário se faria que o nosso planetinha fosse um lugar utopicamente bem distribuído entre todos os credos, raças e coisas que tais. Mas tá na cara que utopia não existe, e jamais existirá porque ninguém quer abrir mão de um mínimo dos seus privilégios, ao contrário, quanto mais se tem, mais se quer. Vivemos em tempos de TER e não de SER.
Daí,  tendo em vista argumentação tão óbvia, deixo em aberto o fim dessa historinha.
O que podemos mesmo contar de bom e de alvissareiro é que Castanho, o coelhinho fujão, voltou para os seus donos com uma família e tanto de dezenas de coelhinhos também devoradores de todos os canteiros verdejantes do novo jardim que ali foi cuidadosamente cultivado.
Ah, se pudéssemos ser livres, gulosos e safadinhos como eles!
Encerramos por aqui, amigos. Obrigada por me aturarem!
Beijos...

16 comentários:

O Sibarita disse...

Ei moça, olhar em frente e seguir... kkk

Ainda bem que ao menos Castanho foi feliz ao voltar com a uma prole numerosa, coelho é colho, repare... kkkkkkkkkkkk

Dona menina, no texto todo o seu sentimento pasmado em acontecimentos que jamais planejara e ou acreditara que pudesse um dia existir, né não? kkk

Ai sobrou para o conto, valha-me Deus Nosso senhor do Bonfim! kkkk

Você é fera! kkkkkk

O Sibarita

AdolfO ReltiH disse...

UN TEXTO MUY REFLEXIVO. GRACIAS POR COMPARTIR.
ABRAZOS

Graça Pereira disse...

Minha Querida
Venho tarde porque estou a preparar a Festa da Vida para este sábado, para o meu grupo de jovens.
Não tenho parança...até quando Deus quiser!
O ter e o ser são dois caminhos muito antigos. A uma determinada altura...lá para trás, surgiu-nos uma bifurcação e então havia que optar. Claro que muitos escolheram o TER e muito poucos o SER e os que estão neste último grupo, tentam ser coerentes com a sua escolha o que, ás vezes é difícil porque sentimos a chacota dos outros que além de se rirem ainda nos chamam palermas!! Olha a minha cara de preocupada....
A utopia existe e não é um palavra vã !! É ela que nos faz avançar SEMPRE. Quando vemos o horizonte ao fim da estrada, suspiramos: estou a chegar mas, depois, notamos que o horizonte fica para lá do horizonte e é preciso continuar. A utopia é energia que nos faz avançar!
Gostei que o coelhinho voltasse para a sua família onde encontrou por certo, acolhimento e amor.
Mil beijos para ti. Adoro-te
Graça

O Árabe disse...

Bem, pelo menos o Castanho se deu bem, né? E, já que você nos permite imaginar o final, vamos torcer para que todos eles possam ser tão felizes quanto nos permite o mundo! :) Bom ver você de volta, boa semana.

Rodrigo disse...

O mundo será melhor...quando o ser humano compartilhar a verdade e a essência de nossas origens...

Não podemos fechar os olhos para o sofrimento do homem...mas aprimorarmos nossos espíritos...assim nossa oferta será verdadeiramente fraternal...

Acordemos para oferecer nossa riqueza interior...

Um grande Beijo!
Rodrigo

Vanuza Pantaleão disse...

Acordemos!
Acho que até já passou da hora.
Valeu, meu amado Rô!

Daniel Costa disse...

Querida amiga Vanuza, é sempre um prazer a tua passagem no meu espaço. Por outra lado adoro o teu jeito de contista que vens expressando, que diz bem da tua versatilidade de escritora.
Queria deixar dito (preconizaste há anos, escrevesse um livro brasileiro)que preparo a escrita de um livro nesse sentido.

Se tenho andado sumido, deveu-se a férias, com o sortilégio de as ter passado no nordeste do Brasil.
Beijos

Ana Tapadas disse...

Já tinha saudades de ler estas tuas inteligentes resenhas críticas expressas numa narrativa muito interessante,

Abraço

O Árabe disse...

Boa semana, Vanuza; aguardo o próximo post.

Arte & Emoções disse...

Olá Vanuza! A escolha do TER ou do SER é algo já de muitas eras, só que, infelizmente, a prioridade sempre foi, e continua sendo, para a primeira opção. Esquecem-se que o pouco com DEUS é muito e o muito sem DEUS é nada.

Fico feliz que tenhas voltado. Espero que voltes mais vezes, pois sabes que aqui és sempre bem-vinda.

Beijos,

Furtado.

O Árabe disse...

Continuo esperando, Vanuza; boa semana! :)

O Sibarita disse...

E quando dona moça a nova postagem? kkkkkkkkk

O Sibarita

O Árabe disse...

Boa semana, minha amiga; aguardamos, viu? :)

Luma Rosa disse...

Oi, Vanuza!
Como autora sei que um "happy end" a certa altura da história pode não ser o destino correto, pois é certo que ao criarmos os personagens, eles passam em dado momento a terem vidas próprias...
Beijus,

Lúcia Laborda disse...

Que lindo e tristinho amiga! Infelizmente são esses desencontros que fazem a vida. Muitos casais que se amam e infelizmente algo faz com que não consigam vencer as barreiras. Ainda assim creio que nada seria melhor do que SER. Porque a completude advém de se estar bem consigo. E segundo a minha visão, não existe felicidade completa, quem deixa de ser aquilo que é, para TER. É complicado.
Amiga; FELIZ ANIVERSÁRIO! Parabéns e Deus lhe faça muitíssimo feliz! Saúde e paz! Beijos

Ana Tapadas disse...

Grande verdade contida neste texto!
Este tempo do TER está a destruir a Humanidade.

Beijinho (sempre um prazer ler-te.)