quarta-feira, 22 de outubro de 2014

JK, o bom mineiro de Diamantina

Brasília sendo construída, desbravada pelas mãos calosas dos candangos. Enquanto isso, o mineiro de Diamantina, visitava escolas e brincava com as crianças no recreio.
Um dia, muito menina ainda, não sei o que senti ao vê-lo tão sorridente e brincalhão que corri em sua direção e ele me levantou em seus braços fortes, dizendo-me algo que a minha memória tenra não reteve. Mas uma curta frase eu pude balbuciar:
"- Juscelino, você é  meu presidente!"

 No planalto central, moramos por alguns anos e lá tomamos banhos nas claras águas das cachoeiras do Rio Paranoá, e foi também lá que conseguimos fazer um círculo de amizades super heterogêno.
  Era gente de todo o Brasil: a baiana Edelzuita, o cearense seu Solano, dona Neném a mineira, o casal Afrodízio e seus cinco filhos que eram goianos, dona Amélia, a pernambucana, Eliane a carioca, e fica faltando mais, muito mais gente boa e fraterna. Todos com seus empregos e bem alimentados, todos felizes.
Quando voltamos ao Rio, trouxemos sementes das "flores de Brasília" que são os bipinatus e fizemos, eu e meus irmãos, um jardim das cores do teu grande coração, doutor Juscelino, o médico carinhoso e político conciliador que soube bem entender a alma simples do povo brasileiro.
Porque nos deixaste tanta saudade, Juscelino Kubitschek de Oliveira?
Vamos de "Peixe Vivo" com outro mineiro maravilhoso? Canta pra nós, Milton Nascimento!