sexta-feira, 4 de maio de 2012

As Aquarelas Vivas do João

Só quem já tentou pintar uma aquarela é que pode dizer da emoção, da euforia e também de uma pitada de dor ao manipular pincéis e paletas.
Corrigir algum traço ou cor mal distribuídos é impossível para um aquarelista. Daí, a tal pitada  de dor a que me referi acima. Um simples traço tem que ser definitivo e tudo vai ficando ali, secando rápido. Quando você menos espera, a cor surge do nada, pequeno milagre das cores.
Digo que aquarela é vida porque na vida real não há rascunho, nada pode ser refeito, nem consertado. Se não realizarmos  bem uma tarefa, bye, bye! Se acertarmos, que beleza!O coração se engalana e tudo é festa.
Uma flor não faz rascunho do seu desabrochar, ou abre suas pétalas, ou murcha. Essa é a dialética da vida, vamos aceitá-la, temos que aceitá-la. Lutar contra a lei da vida é burrice das mais grosseiras.
Um pintor de aquarelas se envolve até os ossos para concluir com êxito seu insano trabalho. Ali tem alma, tem arte e muito amor, amor estético, um íntimo prazer que só o artista experimenta.
Meu amigo, João Pinto Ferreira, é um dos mestres das aquarelas vivas mais sensíveis que conheço. A ele dedico essas poucas, mas intensas linhas. A ele agradeço a amizade e o afeto que nos une. E para informação ao público em geral, João é irmão da Graça, ou vice versa, a ordem de chegada não importa, são dois talentos que habitam entre nós e para o nosso deleite. Ele, nas Artes Plásticas. Ela, nas Letras.
Muito obrigada, amigo!
A primeira aquarela intitula-se Liquidâmbar no Outono, e a segunda é Camélia na Primavera.
Vão se deliciando aí enquanto tiro umas feriazinhas, ok?
Beijos! Eu volto!
O Fundo, beleza de música com Leila Pinheiro, traduz muito do que tentei passar, vamos ouvi-la?