segunda-feira, 25 de abril de 2011

Uma Francesinha na Família

Importada de Paris, usando seu pretinho básico, ela foi se entrosando na família através das mãos e dos olhos perspicazes do nosso pai. Daí por diante, todas nós, as suas meninas, fazíamos poses de artistas, mas tudo em preto e branco e aquele homem apaixonado por fotografia não deixava passar uma chance, um momento sequer da nossa infância para nos pegar nos ângulos mais interessantes, a ponto de nos arrastar da cama aos domingos para fazermos gracinhas e esboçarmos aquele sorrisinho bobo de "olha o passarinho."Mas o tempo, senhor supremo do universo, fechou os olhos do nosso fotógrafo mais sensível e amado. A francesinha foi ficando surrada e acabou abandonada no fundo do armário. Zanguei-me com esse cara tão impiediso que, além de arrancar de nós o doce pai e fotógrafo, também tentou lançar a nossa francesinha no mofo do esquecimento. Aqui está ela, meus amigos!
Sem uso,solitária, mas inteira e orgulhosa pelos bons serviços prestados à família, embora aquele olhar por trás da lente tenha se apagado para sempre e as suas meninas tenham crescido e se separado para seguirem seus destinos. Sem choro, sem lamentos, deixo aqui registrada uma saudade insistente que teima em não me largar.
Só uma música também francesa, tida como aquela dos versos mais perfeitos da história musical de todos os tempos, poderia nos envolver nesse clima tão confessional. Ouçamos 'Ne me quitte pas' com seu maravilhoso criador, Jacques Brel, que a interpreta de forma triste após a perda da mulher amada. Perder aqueles que amamos nunca será fácil.
"Não me deixes...
Não me deixes...
Não me..."

Amigos, estamos saindo de férias. Volto ao final de maio, se Deus quiser!
Au revoir!!!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Rezando para o dia amanhecer

O psicanalista Carl Gustav Jung passou quase toda a sua longa existência pesquisando mitos e símbolos de todos os povos e culturas da humanidade. E vindo parar aqui, na América do Sul, encontrou-se com uma comunidade indígena peruana que lhe afirmava com fé que deveriam subir a montanha de madrugada e rezar para o sol nascer. Curioso, o grande pesquisador perguntou-lhes: - E se vocês deixarem de fazer esse pedido ao sol, o que poderá acontecer? Um deles, respondeu-lhe: - Se não rezarmos, a terra se acabará. Essa foi a missão que os nossos antepassados nos confiaram e a cumpriremos até o último dos nossos dias. Sempre pensei nesse episódio e agora, em face de tão graves ameaças à vida na terra, volto-me mais e mais para esses questionamentos metafísicos. Peço-lhes somente que nos ajudem a responder as seguintes indagações: Será que os Índios Pueblos deixaram de rezar? Extinguiu-se a comunidade que cumpria com tanto rigor esse ritual milenar? Em caso afirmativo, quem rezará todas as madrugadas para que os dias continuem a amanhecer? JOÃO NOGUEIRA:Êta compositor, cantor, poeta maior e inesquecível que o Brasil ainda ama e amará sempre, de paixão! Ele aí vem, cantando para limpar as águas de todos os mares. Exorcizando, assim, os males daqueles que pensam que mandam e desmandam e, insanamente, tentam nos destruir com intuitos inescrupulosos, mas não conseguirão. Só podia ser "Das 200 pra lá" ou,como ficou conhecido popularmente,"Esse Mar é meu". Com certeza,esses mares,oceanos e águas pertencem a todos os seres viventes do nosso sagrado Planeta. Vamos nessa, João?