segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

. Perdoa-me. Por te amar .


Nada melhor que esse sonho sem possibilidade de ser

Nada melhor que não ter você

O pensamento te procura

Nunca te encontrará

Romantismo não

Essa fuga

Sem sentido

Em erro amor

Rimar com dor

Ferida que dói à toa

Perdoa-me

Não foi amor
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"Excuse me"

Junior a interpretou assim...

Ano Novo?

Melhor nem falar...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Moscas, Milagres e Destino

Roupa suja de molho, moscas se debatem em agonia. Uma a uma, a menina recolhe as "vítimas" daquela fatalidade. As mosquinhas secam-se ao sol, batem as asas e lá se vão para o seu destino.
A criança felicita-se intimamente, está feliz, salvou vidas. Ela não sabe que as moscas são "más", ainda guarda a inocência em si. A menina era eu, a menina sou eu.

Rosa de Lima que nasceu Isabel, teve mudado seu nome pelo povo por sua extraordinária beleza física, peso insuportável para o seu inocente coração. Recusou-se a seguir o seu "destino natural", ou seja, casar-se, filhos...o destino de todas as mulheres, ainda nos tempos atuais. A bela moça buscou os martírios de uma vida monástica, virou freira dominicana e com a humildade da sua essência boa tratou e curou índios e negros nos infectos hospitais andinos, no Peru, na miséria da nossa América Latina.

Tudo muito precário e sem higiene e, em consequência disso, as moscas, milhares delas em reboliço, atormentando a todos e contaminando os enfermos. Por um momento a face clara e hispânica de Rosa se iluminou e, sorridente, dirigiu-se às suas companheiras indesejáveis:
- Por favor, amigas, deixem-nos sossegados!
Lá se foram as moscas em bando e obedientes a uma Voz tão doce e divina.
Seres abjetos essas moscas? Não pensem assim, meus limpinhos amigos. Alguém aí já ouviu falar em "Projeto Genoma"? Já! Pois é, as nojentas mosquinhas possuem o mesmíssimo padrão genético que nós, humanos, ápices da criação (será?).
Rosa de Lima faleceu aos trinta e um anos de idade sentindo fortes dores e sem tomar nenhuma medicação para aplacá-las. Um pouco antes de falecer a madre superiora perguntou-lhe:
- Irmã Rosa, como é "do outro lado"?
A moribunda, num sopro de voz:
- É só Amor, madre, pois só quem ama tem Vida plena e pode ser feliz. E assim, Rosa partiu para a eternidade, seu destino. Aquele que ela escolheu...
A Igreja a canonizou e foi declarada "Protetora das Américas", mas não é isso o que me interessa lá no fundo do meu pensar.
Salvar moscas, salvar plantas, enfim, o planeta, deveria ser esse o destino de todos nós. Porém, "seres" como Rosa só nascem de cem em cem anos e, talvez, nunca mais.
No leito, ao cerrar os olhos de carne, Rosa ainda ouviu o Cântico das Crianças que ela adotara e conta a lenda que pétalas de rosas caíram do alto encobrindo todo o seu corpo.
Uma observação interessante é que na distante Índia existe o Jainismo, uma religião da não-violência onde seus adeptos limpam o chão por onde passam para não sacrificarem nenhum ser vivo.
Ouçamos Gilbert Becaud que com a sua incrível sensibilidade musical já nos embalava a alma, cantando...
"O IMPORTANTE É A ROSA!"