sexta-feira, 25 de julho de 2008

KRAJCBERG: MAIS QUE VESTÍGIOS...

TENHO QUE EXPLICAR: Não me arrogo à pretensão de ser a "dona da verdade" e mais, os temas que aqui lanço são tão somente SEMENTES que serão fortalecidas pelas opiniões das pessoas que por aqui passarem. Muitas delas, com uma bagagem intelectual "zilhões" de vezes maior que a minha, ou mesmo, jovens e trabalhadores que têm o que dizer: NINGUÉM É SUPERIOR A NINGUÉM! Afinal, não estamos na velha Esparta Grega, ou no Terceiro Reich de Hitler. Somos um país formado por várias etnias; multiracial. TEMOS A NOSSA IDENTIDADE!
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"KRAJCBERG: O POETA DOS VESTÍGIOS"
O Artista Plástico e Escultor que nasceu polonês, Krajcberg, está hoje com oitenta anos de idade; teve uma formação acadêmica completa chegando a conviver com Picasso, Braque e outras personalidades do seu tempo. Porém, veio ao Brasil e, resumindo, apaixonou-se por nossa terra a ponto de naturalizar-se brasileiro. Essa "paixão" custou-lhe também muita luta e dissabores, pois tendo que assistir às inúmeras devastações das florestas brasileiras, só encontrou uma forma de protesto: transformou SUA IMENSA OBRA num símbolo de alerta pela preservação da maltratada Natureza Brasileira.
O que fez Krajcberg? Decidiu, numa atitude extrema, usar os vestígios calcinados das árvores trabalhando-os como esculturas. A princípio, a mídia o divulgou como o artista diferente que construíra sua casa sobre um velho tronco de árvore, um senhor simpático. Mas, "a simpatia" desse senhor foi muito mais longe: Krajcberg estava determinado a mostrar ao mundo toda a crueldade e ambição dos poderosos que destruíam matas inteiras e toda a sua biodiversidade. Aí, o bicho pegou! E pegou feio, porque passou a ser perseguido pelas "autoridades" a ponto de ter seu material embargado na alfândega quando de uma de suas exposições na França, a convite.
Atualmente, possui um ateliê em Paris onde, com muito vigor e o apoio de amigos, continua a criar e PROTESTAR. Mas, me questiono: quantos Krajcbergs irão continuar com a sua luta, num mundo cada vez mais fútil e globalizado? Quer dizer, MAL!
VAMOS AO DEBATE?
Casa na Árvore





Exposição ao ar livre na França
Obs.: Até quando teremos os nossos "cérebros" reconhecidos no exterior, a exemplo também de Santos Dumont, a fim de que possam provar seu valor aqui, na terrinha?