quarta-feira, 28 de maio de 2008

MARLENE OU EMILINHA?




LEMBRANÇAS: RÁDIO NACIONAL
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Minha mãe era fã da Emilinha. Ponto final? Nada disso! Emilinha era sua deusa e do olimpo dela, aquela dona-de-casa queria fazer parte...como? Veremos daqui a pouco.
Estávamos em plena "era do rádio" e, no Brasil, a Rádio Nacional sobressaía orgulhosa com o seu "cast" artístico através das "vozes de ouro" de Dayse Lucid; Ísis de Oliveira; Roberto Faissal; Mário Lago (o da "AMÉLIA" e fugas políticas); Paulo Gracindo; Dalva de Oliveira ("A ESTRELA DALVA DO BRASIL"); Cauby Peixoto (cantava numa cúpula de vidro à prova das "macacas de auditório")...era muita gente talentosa e famosa, com fãs clubes formados, obcecados por seus ídolos, não dá para nomear nem metade aqui.
E assim, íamos viajando naquelas "ondas", pensando que o paraíso era logo ali, mas depois veio o inferno da deduração da ditadura. Conto depois!
E dona Mazé (Maria José) encontrou um jeitinho de, "virtualmente," aproximar-se do seu protótipo de mulher ideal. Como?
- Pedro, me traga a foto da Emilinha e...autografada.
E Pedro, meu pai, a trouxe, sem resmungar, aliás, com um certo sorriso nos lábios. Aquele dia foi de muitos suspiros, cantorias ("...se queres saber se eu te amo ainda..."). Haveria "festejos noturnos"? Disso, nunca soubemos. SEXO? ASSUNTO PROIBIDÍSSIMO!
Vamos em frente: que mamãe era fanzoca da Miloca, disso já sabemos, mas o que ela não esperava era pela "traição" das duas filhas. Nós éramos "Marlenistas" e das consequências dessa opção, nem quero lembrar! Risossssss. BONS TEMPOS, VIU, MINHA GENTE! SOU SAUDOSISTA DE CARTEIRINHA, E DAÍ???


Imagens: três rádios antigos (à válvula) acima; os saudosos Emilinha Borba e Mário Lago. Já Marlene, essa última, está Vivíssima: " Lata d'água na cabeça/Lá vai Maria/Lá vai Mariaaaa..."